Por Jacque Scane
Recentemente eu assisti ao filme “Tudo e Todas as Coisas”, na Netflix. Em resumo, uma moça sofre com uma doença rara e vive reclusa em sua casa há 18 anos. Ela vive apenas com a mãe, que é superprotetora devido ao problema da filha. O resto é romance, rs. Mas parei pra pensar sobre essa relação de superproteção que existe em muitas famílias e até onde é super, razoável ou normal.

Eu ainda não sou mãe, mas sou mulher, sou filha e lido muito com crianças, principalmente bebês. Já fui babá, hoje sou professora na escola dominical e fotógrafa de bebês e crianças. Por conta disso tomo alguns cuidados. Quando estou doente não dou aula e em caso de sessão remarco ou deixo a cargo do meu marido. Mas, em contrapartida, amo beijar e abraçar essas criaturinhas, é claro que faço isso com aqueles que tenho mais intimidade e sei que a mãe não se importa.
O fato é que todo mundo sabe que tudo que é demais e se torna exagero não faz bem, mas como mensurar isso quando se trata de filhos?

Essa superproteção pode partir da mãe, do pai ou de ambos. Eu fiz um levantamento baseado em opiniões de profissionais referente a alguns temas e quis compartilhar o que achei com vocês. Peço que compartilhem comigo também a opinião e conhecimento de vocês.
“Cuidados parentais superprotetores ensinam às crianças que elas são vulneráveis e fracas e que não podem sobreviver sem a proteção de cuidadores poderosos” ( Robert Bornstein, in O’Donohue, 2010, p. 301)
1 - Beijos são proibidos?
Segundo a afirmação do Dr. Marcelo Reibscheid, em entrevista ao programa Mulheres, da TV Gazeta!, o beijo no bebê está liberado. Ele diz que é preciso sim ter atenção com alguns detalhes, como o pai que tem barba tomar cuidado para não irritar a pele do bebê, ou alguém que está com algum problema de saúde deve evitar o contato com o bebê. Caso contrário, a recomendação do Dr. Marcelo é: “...Beijem os bebês, é a coisa mais gostosa do mundo, essa época passa e dá uma saudade...e não volta. Beijem os filhos de vocês e abracem.”

Como é essa relação entre você e o seu bebê, e entre vocês e as pessoas que os cercam? Não falo sobre desconhecidos na rua, mas de pessoas que te amam e amam o seu filho.
2- Supervisão x Interferência
Existe uma diferença entre ficar atento ao que a criança e principalmente o bebê está fazendo, e interferir e querer fazer tudo no lugar deles achando que está fazendo bem, pode atrapalhar o desenvolvimento, aprendizado e processo de independência da criança. Como ser levantada ou rapidamente socorrida em cada tombo, deixar o pequeno preso em um cercadinho quando já tem idade para engatinhar, fazer o dever de casa no lugar do seu filho e até amarrar o sapato quando ele já tem idade para fazer sozinho. Cada idade traz sua etapa de aprendizado e essas etapas precisam ser vividas pela criança, que nem sempre terá por perto o papai e a mamãe. (Baseado no texto da fisioterapeuta Fernada Davi do blog prematuridade.com)

Como disse na introdução, sou professora na escola dominical e cuido do berçário, e por vezes me vi fazendo algo no lugar deles, sendo que já tinham idade para fazer sozinhos, mesmo que seja uma brincadeira, por medo de dar ruim no final, mas tenho me atentado a intervir apenas quando realmente necessário e do mais apenas observar e estimular o desenvolvimento deles.
3- Brincar livremente
Da mesma forma que as descobertas, as brincadeira também devem ser monitoradas. Nenhuma criança está liberada pra se colocar em perigo, mas ralar um joelho, se sujar na terra, correr, jogar bola, tomar um banho de chuva em um dia mais quente, são coisas que eles gostam de fazer e que os ajudam a se auto afirmar como pessoa. Além disso, esse contato com o mundo externo, com a natureza, contribui com o fortalecimento do organismo da criança, tornando-a mais forte contra os vírus e as bactérias. (Baseado no artigo Superproteção: em vez de evitar que seu filho sofra, ela pode gerar mais frustração - Revista Crescer)

Essa parte eu e o Rafa temos vivenciado bastante na fotografia, ver as crianças livres, se divertindo, se sujando, virando de ponta cabeça na árvore, dando estrelinha na chuva e pulando do sofá. Quem nunca? Algumas dessas coisas eu nunca, mas outras sim rs.

Existem inúmeras situações e cuidados que poderíamos citar quando se trata de filhos, antes mesmo de chegar na adolescência. Mas esses foram alguns que eu encontrei por aí. E agora quero saber de você, como e do que você mais protege seu filho e se você considera a sua proteção super, razoável ou normal.
Ah, e todas essas crianças que você viu nas fotos desse post foram fotografadas pela Reflexos! Aproveitem para acessar nossa galeria e ver as crianças lindas, arteiras e saudáveis que já fotografamos: Fotos Infantis
Siga-nos pelas redes sociais:
Facebook: Reflexos Produtora!
Instagram: @reflexosprodutora
Youtube: Reflexos!
Referências
https://psicopauta.wordpress.com/2014/06/23/superprotecao-parental-pode-adoecer-filhos/
https://www.colegioflorenca.com.br/blog/pais-superprotetores-medo-ansiosos/